domingo, 5 de dezembro de 2021

FUMO (plaquete, 2022)



FUMO - publicado em Novembro, 2022



    Cá chegou em boas condições o seu Fumo, em dia benfazejo.

Será que a dor do mundo encarnado no eu poético vive rodeada de incompletude , amputação, anormalidade e contrastes?
   E que padece da insensatez , da angústia dormente e da insónia diurna do mesmo eu, que, porém, prevalece sobre o gemer e o doer da gente pela junção do fumo ao fogo inicial e vivificador ?
   “ É”. 
    O conjunto afirma-se pelo que é, pela ausência e pela presença, pela acção e pela dormência , que permanece do nocturno doer . 
   Parabéns. 

M. C.

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     Cá recebi o seu "Fumo", sempre sugestivo . Temos que arranjar uma loção qualquer para fazer crescer as penas das aves e pensar em fumo de castanhas e de boas fogueiras contra o frio. Isto anda mal pelo mundo. Bem entendo a sua "ave sem penas".
 
     Abraço afectuoso
I L
 
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Caro António
Agradeço o fumo envolvendo oportunas palavras. Que sabedoria será necessário saber para olhar sem fascínio o voo arrogante dos corvos?
Abraço
C S  e M

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Caro, cá recebi na volta do correio o teu fumo, só possível a partir do teu fogo! Fumo não necessariamente negro como o corvo, até porque a toutinegra, ao contrário do que o nome faz supor, é...cinzenta! De qualquer dos modos está cá tudo: a insónia diurna e a noite a doer. Exercício difícil de síntese. (...)

M. M.

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Caríssimo Amigo,
Obrigado pela oferta da plaquete, que inclui poemas 
de grande talento literário, com surpreendentes diálogos
interiores .Parabéns!
Um abraço amigo e grato,
Fernando
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Caro António: Cheguei do Brasil e à minha espera esta o teu livro "Fumo" (Quinquagésimo quarto da ninhada). Lê-se depressa e devagar. Vê-se depressa e devagar. Li-o como um livro desencantado que fala de aves sem asas, sem penas, de voos sem rumo, da cinza do fumo e de uma noite a doer. Mas que fala também de manhã, de rio, de música e de fogo. Os dois (3?) textos são escritos por uma ave ferida que destina o seu voo ao nada, ao fumo sem fogo. Encobertos por este fumo funesto estão também as figuras da pintura. O teu livro pareceu-me escrito num caminho sem saída. Sem saída por "lá". Um livro triste que gostei de receber. Muito obrigado! Recebe um abraço sempre amigo do David.
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